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Somos ISEP: Abel Duarte
26-08-2019

Para Abel Duarte, o ISEP já é uma segunda casa. Em 1990 entrou, pela primeira vez, na Instituição como estudante e continuou como investigador. Natural da cidade da Maia, no Porto, Abel leciona no Departamento de Engenharia Química há cerca de 20 anos. É um entusiasta e defensor do meio ambiente e encontra na agricultura biológica um descanso mental, onde consegue desconstruir problemas e alinhar ideias. E se tivesse um livre-passe para fazer o que quisesse, gostava de ler tudo aquilo que a humanidade já escreveu.

- Porque escolheu o ISEP?

Como trabalhador-estudante que sempre fui, o ISEP foi uma opção simples pois muito poucas instituições do ensino superior lecionavam em horário pós-laboral. Como docente, a escolha surgiu numa sequência natural de fazer formação, de ser bolseiro de investigação científica e, depois, lecionar.

- Como recorda os primeiros tempos na Escola?

Um grande entusiasmo. Era tudo diferente, novo!

- O que mais lhe fascina no curso que escolheu para formação? E o que distingue o curso que leciona atualmente?

O gosto por saber o porquê das coisas. No caso geral da engenharia, a aplicação. Formei-me em Engenheira Química e leciono essencialmente em Engenharia Química e Biorrecursos.  A principal diferença para a atualidade é a consciência do nosso lugar no mundo, a sustentabilidade ambiental.

- Qual é o seu local preferido no ISEP?

O cantinho dos pré-fabricados que correspondem aos “edifícios” M, N e O. Todo o ISEP deveria ter essa paz e harmonia.

- O que mantinha e o que alterava no ISEP?

As relações entre todas as pessoas pois há uma camaradagem que não é habitual em outras instituições do ensino superior. Mudar... não era só no ISEP: temos de trabalhar a sustentabilidade social.

- Numa palavra, o que significa o ISEP para si?

Ubíquo.

- Se pudesse escolher outro curso ou área de formação, qual seria?

Engenharia espacial... existe? Ou então algo ligado à agronomia, zoologia, botânica…

- Uma característica ou curiosidade que os estudantes e os colegas de trabalho não sabem sobre si.

Já tive uma coleção de aranhas (maioria autóctones e mantinha-as vivas por longos períodos).

- Se pudesse mudar algo no mundo...?

Eliminava o “ditador” latente que habita nos nossos genes. A ambição é responsável pelo progresso, mas os meios não justificam os fins. A nossa incapacidade de colocarmo-nos na posição do “outro”, permite cometermos as maiores atrocidades contra nós. As notícias deixam-me verdadeiramente aterrorizado com o que somos. Precisamos urgentemente de desenvolver a sustentabilidade social.