Realizou-se, em fevereiro, a primeira "Oficina de Análises de Água do Rio Tinto". Com o objetivo de avaliar, microbiológica e físico-quimicamente, a massa de água, esta iniciativa colocou um grupo de estudantes do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) perante um problema concreto de caracterização de um sistema hídrico complexo, com frequentes e imprevistas variações. 

Além de avaliar o estado ecológico do rio Tinto, este estudo visou identificar soluções para a sua recuperação hídrica, garantindo que as populações locais tenham acesso a um recurso biodiverso e saudável. 

A oficina contou com a participação de cerca de uma dezena de estudantes do ISEP, bem como de membros do Departamento de Engenharia Química. 

O rio Tinto, com uma extensão de 11,4 km, nasce em Valongo, próximo à igreja de Santa Rita, em Ermesinde, e desagua no rio Douro, na zona do Freixo, no concelho do Porto. A sua bacia hidrográfica está fortemente urbanizada, especialmente na área que atravessa a freguesia de Rio Tinto, onde residem mais de 51 mil habitantes (Censos 2021), sendo a nona freguesia mais populosa de Portugal. A intensa pressão urbana sobre o rio resulta em agressões ambientais frequentes, que comprometem o estado ecológico da sua massa de água.